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Relatório da FAO destaca êxito do Brasil no combate à fome


Um novo relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado nessa quinta-feira (5), reafirmou a importância do exemplo brasileiro para a superação da fome no mundo.

Segundo o representante da FAO no País, Alan Bojanic, os caminhos adotados pelo Brasil demonstram que é possível combater a fome e a insegurança alimentar quando há o compromisso político em colocar esse tema na agenda de prioridades dos governos. "O País focou no problema estrutural e hoje não está mais no Mapa da Fome das Nações Unidas", afirmou.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, conta que, a partir de 2004, o governo federal assumiu o problema da fome como uma agenda central para o Brasil e desenvolveu um conjunto de políticas que permitiram que o País pudesse realmente alterar de forma estrutural a realidade das pessoas.
De acordo com Tereza Campello, o objetivo era mudar efetivamente a vida dessas pessoas, acabando com a dependência da doação de alimentos. E a garantia do acesso a renda para milhões de brasileiros foi fundamental.
“A população não passava fome por falta de alimentos. Existia fome no Brasil porque as pessoas não tinham renda. Então, assumir o combate à fome e à pobreza como prioridade do governo e, a partir daí, ampliar a renda das famílias com aumento do salário mínimo, geração de empregos, Bolsa Família e outras políticas de geração de renda permitiu que essas famílias tivessem acesso a alimentos que já eram produzidos no Brasil. O governo conseguiu dessa forma criar uma nova realidade.”
O relatório Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil 2015 da FAO destaca que a segurança alimentar da população brasileira, que vem aumentando desde 2004, continua a melhorar no período entre 2009 e 2013. "O acesso aos alimentos, em quantidade suficiente e qualidade adequada, para atender às necessidades das famílias, estava garantido em 2013 a mais de 77% dos domicílios brasileiros, comparado a 65% em 2004 (IBGE, 2014). Cerca de 40 milhões de novos brasileiros passaram à condição de segurança alimentar no decorrer de uma década”, diz o relatório.Entre 2004 e 2013, a maior redução em percentual da insegurança alimentar grave ocorreu na região Nordeste. Em 2013, ainda havia diferenças importantes nos padrões de acesso aos alimentos, entre as regiões. De acordo com o relatório, essas desigualdades regionais “vem diminuindo paulatinamente. Os resultados das Pnad [Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios] confirmam uma tendência positiva na segurança alimentar em todas as regiões do país, entre 2004 e 2013 (IBGE, 2014). Devemos enfatizar a grande redução observada na insegurança alimentar grave, que tem na fome sua pior expressão. Esta redução expressiva ocorreu em todas as regiões e estados do país, entre 2004 e 2013.”
Portal Brasil

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