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Depois
de ter sido um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, em 1980, o
metalúrgico e sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, naquela época apenas
Lula, foi candidato, em 1986, a deputado federal pelo estado de São Paulo. Foi
o parlamentar mais bem votado no país e chegou a Brasília para participar da
Assembleia Nacional Constituinte.
A bancada
do PT era formada por dezesseis deputados federais e nenhum senador. Lula
lembra que o partido queria aprovar um texto mais avançado. Uma Constituição
que reforçasse a luta pela reforma agrária, a estabilidade no emprego, o
imposto sobre as grandes fortunas e a criação do Ministério da Defesa.
Como não
houve essas conquistas, o PT votou contra o relatório final, mas, Lula lembrou
que o partido assinou e assumiu a nova Carta, em responsabilidade com o
processo social e político do país. Ainda na avaliação do ex-presidente da
República, as discussões no Plenário da Constituinte foram essenciais para o
amadurecimento de ideias e concepções.
Além
disso, Lula acredita que a Constituinte foi um momento histórico, com a
primazia da política no seu sentido mais nobre. Os partidos e os movimentos
sociais exerceram a atividade política até o limite de suas possibilidades, com
o envolvimento de todas as lideranças representativas, afirma.
Essa foi
a única vez que Lula teve um mandato no Poder Legislativo. Em 1989, em 1994 e
em 1998 se candidatou à Presidência da República. Foi derrotado nas três vezes.
Chegou ao Palácio do Planalto em 2002 e, quatro anos mais tarde, foi reeleito.
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